Para Fá.
Te vejo em cores
que você nem sabe que tem.
Não sabe!
Soubesse-as e o seu sorriso,
tão claro,
não poderia ser belo
tão simplesmente.
E elas,
as cores,
seriam outras
que não veria,
que não me viriam arrombar a retina.
Nada faz mais um poeta
do que ver a paz em fragmento.
E nunca será poeta o que se julgar
capaz de todo o entendimento.
De todo o entendimento a que me lancei
mais não retive do que a vontade
sincera,
viva,
pulsante,
de o conquistar,
de beneficiar-me.
Mas o que com isso ganharia o entendimento?
Por isso me alegro tanto de você
ser algo tão além do entendimento,
e de poder ver surgirem seus sorrisos e cores
deste que sou fragmento.
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