Os restos do ipê ainda comprovam
a beleza de há poucos dias.
O mundo se nos agita.
Despetala-nos.
É preciso a força de corroborá-lo.
Seu movimento nos quer melhorados,
o que quase nunca é tranquilo.
É preciso força pra galgar ao topo.
Força continuada.
A força que nos vem de dentro
não se pode desperdiçá-la,
desesperar-se dela.
Não se pode menosprezá-la,
tomá-la por menos do que é.
Vai-nos da ponta dos cabelos
até a planta dos pés.
Pés que nos sustentam,
que nos presenteiam a postura ereta.
Algo bate dentro do peito.
Algo se acende na testa.
É preciso calma para recebê-lo.
Depois é preciso paciência,
é preciso esmero.
Tudo reclama cuidado,
e cuidado para não reclamarmos
contra o que pode ser visto mais de perto.
Visto... melhor!
Sim! É tudo melhor,
apenas cifrado.
O mundo em parte é um poema,
e não é obra de um dementado.
O mundo foi feito com apuro.
O mundo dá-se aos poucos ao atento.
(Os distraídos em apuros...)
O mundo pro que se esforça,
pro que dou meus pulos.
Eras, décadas, anos.
Meses, dias e planos.
É tudo feito das horas.
E as horas te estão esperando.
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