D'aprés " GAUGUIN -Voyage de Tahiti", em cartaz.
A beleza existe.
A beleza insiste.
A beleza é bruta de tão delicada!
A beleza não pode ser desposada.
A beleza é alada, é o ar,
é a lua!
A beleza aflora e aprofunda.
A beleza não pode ser minha,
não pode ser sua.
A beleza não se amesquinha,
não se dobra, não se curva!
A beleza é do mato e é da rua.
A beleza não é nunca novidade.
A beleza é inteira boa,
não pode ser maldade.
A beleza é animal, animada,
movimento!
A beleza lê-se no vento!
A beleza não é intento,
não é invento.
A beleza decorre!
A beleza quer que se prove,
e é no entanto evidente.
A beleza não está, é.
Não fica aos pés,
não depende de olhos.
A beleza não se socorre,
ela é uma salva de salvações.
A beleza não se restaura,
não a recria a ciência.
A beleza é a permanência
por entre a mutação do tempo.
A beleza só a soube Deus.
Ela nada prometeu,
ou é a própria divindade.
Pra beleza já é nunca estar tarde,
ela é de antes.
A beleza nada a garante.
Ela não está preocupada.
A beleza não pode ser devastada.
Nunca foi instaurada,
ela é imanência.
A beleza só é inocência.
A beleza é um eterno presente.
É nosso futuro e nossa ancestral.
A beleza só pode ser natural.
Seja a beleza toda a gente.
Nada que a engendrar,
nada que ser diferente.
Nada mais!
Gaya-Maya-Vem-tá-vai!
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