sexta-feira, 7 de setembro de 2018

INDEPENDENTE DE QUÊ(?)

Para Rodrigo, em seu quarto,
fantasiado de homem.


Gosto de pensar alto
meu auto-baixo-pensar.
Mesmo quando não pensa nada.

Clarice tomava muita Coca-Cola
e fazia propaganda de graça.
Kurt se envergonhava muito
da carne que mastigava.

Mas os peixes não têm sentimentos,
ou não os sentimos.
(Então quem não os tem?)
Mas a sereia ninguém quer matar.
Seriam os ornamentos?

Já então dizia Moisés,
em meio a tanta brutalidade,
que não se deve dizer o nome de Deus em vão,
e é o que mais fazem!

E criam novos mitos,
vomitam-nos.
E nos vomitam também em nós,
e tudo se empesteia!

E os sofistas nunca deixaram de existir.
O papel aceita tudo!
E desde Gutemberg só aumenta
a velocidade do absurdo.

Homens de bem querem sangue!
Dão o cano em trabalhadores
e se permitem finas ironias.
Não percebem, insol(v)entes,
que já nasceram em seus estertores.

Independente de quê,
Deus que nos perdoe!

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