No Bosque vi extinguir-se
a geração de minha avó.
A geração Fraga, isto é,
a de sua linhagem.
Lá como em muitas frentes
a batalha terminou antes para os homens,
que pereceram,
possantes.
Elas, flores do tempo,
deixaram-se estar na retaguarda,
ou nem tanto!
Porque a astúcia em que
se deixaram estar no canto
projetava-as sobre os tabuleiros.
Conduziram todos os movimentos.
Ninguém sabia se passos,
se golpes.
Se dança, se luta.
A mulher sabe ser santa,
sabe ser puta.
Não existe fim da linha
na esfera.
O saído por um lado
do outro se espera.
Lado escuro e lado claro
se revezam.
Só para o lunático,
ideia fixa,
a coisa é outra.
(E outra porque sempre a mesma!)
Melhor é ter posto a mesa
sendo capaz de a projetar.
Rapaz, vou te confessar:
Mulher como minha avó
nunca vi em nenhum lugar.
(E estão por todos os lados).
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