quinta-feira, 15 de março de 2018
A MAR NO RIO
Na calada da noite escura
calaram quem endurecia com ternura.
Na calada da noite, escura.
Ns calada da noite, mulher.
Na calada da noite, negra.
Na calada da noite, inteira.
Como podem calar os pleitos?
Como invadir um peito e lhe extrair um coração
que bate um país inteiro?
Vão bater-no até lhes doerem as mãos!
Aqui ninguém vai deitar no chão.
Com tanto não contem
contanto que a gente banque!
Podem vir de fuzil!
Podem vir de tanque!
Podem vir com tudo
que vieram antes!
Sempre há os que aprendemos a sangrenta lição da História.
Sabemos de que lado está a escória.
Não importa com quantas flores teremos de bater!
Não será o medo a nos tolher!
O tempo não marcha,
desfila ao lado de quem tem alma.
(Demora mas a besta achará sua jaula...)
Mãos dadas.
Cantos.
Tantos!
Posição.
Sem fuga.
Com luta.
Irmãos.
Nenhum passo atrás,
no verdadeiro progresso.
Não imaginem que as baixas
lhes darão recesso.
A força se faz a cada revés!
E chegará o dia de nos estarem aos pés!
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