sexta-feira, 16 de março de 2012
Trás-o-Horto Tão Ainda
Percorrendo os corredores
belorizontinos
Sinto sobrepor-se-me um prazer
Que só poderia ser excedido
Se não sucedendo o sucedido
Pudesse mirá-los
Com olhos de 40
E cabeça tão de agora
Que visse no haver verde
Algo extraordinário
Vejo da janela
Tão Seattle
A torre de Nova Lima
Qual spaceship
Topo do meu mundo
E deslumbro o estar nos arredores
Da cidade Trás-o-Horto
E traz-me vivo
De morto
Respirá-la tão ainda
Francisco Sales
Álvares Cabral
Gustavo da Silveira
Que cidade plantadeira
Vejo em traços me deter
E me detém
Plantado tem
Muito mais que me retém
O trânsito
Se transito pela janela
Muito mais que
Pára brisa
Tardes de dias de feira
Vagabundos
Em que tantos correm mundo
E eu só quero repousar-me
Repousar-me arte
Repousar-me em parte
Que um fluxo resistente
Esse fluxo insciente
É vivente
Zona Sul, centro
O diabo!
Me insulam no meu quarto
Eis-me um'ilha
Só de ver
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