sexta-feira, 9 de março de 2012

Cravata Miséria

Sou sem vergonha burocrata
Se o fazes por necessidade, transige-o!
Mas não me deixo cair, isso me exijo
Na condição de burro de gravata

E não podendo mais me dar que pálio, abrigo
Saibas que não o digo por bravata
Mas pra verter a alma, o intestino
E evitar deixar-me em pólo, o que maltrata

Do que o real impõe não me dês pista
Que bem maior atinjo em radicar no sonho
E não no quadro que o mundo habita
Esse que vem pronto, tão medonho

E este palavrório, o que lanço
Não sei se o cunho ou se me alcança
Mas serve à expressão da esperança,
O bem que superá-lo não alcanço.

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