sábado, 4 de outubro de 2025

RES DERELICTA

Recolhi-me tanto que
já ninguém me recolhe.
Noto que estou largado
sobre esta calçada pobre.

Insisti tanto sobre o ponto
que finalmente o compreenderam.
E o meu quadro é a antítese
do ponto, que acolheram.

Agora sou res derelicta,
e testemunha do processo que movi.
Sou presa do livre-arbítrio;
ninguém me livra daqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário