Agiam como pais distraídos
que não veem os filhos degenerarem.
Não ouviam o que lhes diziam.
Não se interrompiam.
Fiéis apenas ao desperdício do tempo,
à frustração da oportunidade,
ao adiamento a uma próxima idade.
Não se atentavam aos minutos que sangravam,
às horas que transcorriam em branco,
ao banco em que os "quase" iam se depositando.
O relógio, implacável, seguia sua marcha
de amigo que avisa a cada segundo.
Nem no melhor dos mundos
isso seria assim impunemente.
Estamos postos para nos fazer gente.
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