Na madrugada,
sem sono,
choro de felicidade.
Choro em louvor da oportunidade.
Inclusive da de saber enxergá-la.
Quem passa pela vida sem vê-la
vela-a, quando deveria criá-la.
Um sol por dia,
e cada posição é única.
Não vale mais a da túnica,
nem a do escritório,
nem a do pincel.
Vale tanto quanto outro
qualquer trabalho sob o céu.
Todos são chance pro autotrabalho
e pro trabalho em prol.
Não canta menos a formiguinha
porque audível o rouxinol.
Onde estão seus ouvidos de ouvir?
Há pernas de ir-se,
pernas de vir.
A oportunidade sagrada da deambulação,
do movimento.
Há chances imperceptíveis
como há chances de portento.
Amigo, eu só aviso:
Não deixe passar o tempo!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
LUSCÍNIA
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