Sonhei conosco
e éramos outra gente.
Como num alvoroço
de final de expediente.
Em que se celebra
não se ter o quê nem onde.
Uma minha parte confusa
em que a alegria se esconde.
Ou sou todo confuso
e a alegria uma incerteza.
Nunca terá sido pura.
Nunca terá sido inteira.
Eu tento despertar
mas não possuo essa destreza.
(Quando o sonho é necessário
não se pode virar a mesa).
Não há saída,
nem é lugar de morar.
No sonho a vida é solta,
é de escorrer ou sublimar.
Quando acordo não é que foi nada,
é que foi "apenas".
Os símbolos já não estão lá,
não há nada que me renda.
Nem eu me rendo a nada,
na ilusão de ser livre.
E este sonho, que não lhe contei,
foi igual a outros que tive.
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