domingo, 6 de dezembro de 2020

ALGO RITMO

 Algo em sua maneira de falar
dispensa acordes
mas a canção soa.

Algo em sua maneira de sorrir
dispensa versos
e  o poema se entoa.

Faz meu coração trabalhar
enquanto fico à toa.

Sou rede,
brisa,
abolição do siso.

Sou uma alegria por dia
mas o dia todo nisso.

Sou Paraíba desde Minas.
Sou fogo
(mesmo depois de cinzas).

Crepito.
Ardo.
E palpito que não tardo
em banhar os pés no mar.

(a devassar a retina o Oceano!)

Imagino que a pandemia é de sabor.
É de cheiros.
Do tato do corpo inteiro!

De gozos misteriosos.
De doces mistérios gozosos.

Mas mais que adivinhar eu faço!

(E deixa a vida consentir
 procê ver se não parto!)



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