Que poeta que se preza
preza a moeda?
Que poeta que se preza
preza o soldo?
(Soldo é coisa de soldados,
e armados são coisa de tolos!)
O poeta não teme ver-se.
O poeta não se traveste de canhão.
O poeta quer entender-se.
(Só nem sempre confessa a intenção).
Ao louco que é dê lira.
Ao pouco que quer, canções.
Faz música da pauta do dia.
Dos dias, inspirações.
Os olhos de ver são dados.
Não desfaça do presente.
Basta não fechá-los.
Basta não estar-se ausente.
Habite-se e orbite a Alegria.
Exorbite os limites.
Nada desata sangrias
no peito do que se permite.
Sorte, amor e paz!
Tudo ao que se fortalece.
E verá como será o ás
de ser vestir do que a vida entretece.
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