terça-feira, 7 de agosto de 2018

HÁS

Que poeta que se preza
preza a moeda?
Que poeta que se preza
preza o soldo?

(Soldo é coisa de soldados,
 e armados são coisa de tolos!)

O poeta não teme ver-se.

O poeta não se traveste de canhão.
O poeta quer entender-se.
(Só nem sempre confessa a intenção).

Ao louco que é dê lira.
Ao pouco que quer, canções.
Faz música da pauta do dia.
Dos dias, inspirações.

Os olhos de ver são dados.
Não desfaça do presente.
Basta não fechá-los.
Basta não estar-se ausente.

Habite-se e orbite a Alegria.
Exorbite os limites.
Nada desata sangrias
no peito do que se permite.

Sorte, amor e paz!
Tudo ao que se fortalece.
E verá como será o ás
de ser vestir do que a vida entretece. 

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