sexta-feira, 3 de agosto de 2018

CARTA AO TOM 2018

Para Tom. Para Olga.

Tom, meu filho,
você começou na minha seiva,
guardada no receptáculo
guardado na mãe que te aceita.

Você une revoluções
de diferentes latitudes.
Une gente diversa,
de diversas atitudes.

Você foi feito na forja do amor,
em formas de perdão,
para uma vida de esplendor.

É seu alcançar!
Você alcança!

Toda cor tem um tom
o da sua é o da esperança.

Todo maestro dá o tom
quando quer chamar a música.
A sua é uma bela canção,
com uma estrutura única.

Sei que traz muito do seu,
então dê muito de si!
Não vou te acompanhar por muito,
mas enquanto puder fico aqui.

Tô aqui pro seu concurso,
na direção que nos acolha.
Por entre o outono de mim,
e por sobre o caminho de folhas.

Mas Deus sabe tanto o que faz
que te deu mãe de verão mutante.
E que já vai te aquecendo
desde agora, gestante.

Sabe, meu filho,
Deus nos olha bem do Alto.
Vê-nos, portanto, pequenos,
e nos cobre de cuidados.

Filho, eu gostaria que O imitasse
e, conforme fosse crescendo,
a nada se apegasse
e cuidasse dos pequenos.

Eu entendi esse toque,
que de todos os lados me veio.
Não sei se cheguei a aplicá-lo,
mas você poderá aprendê-lo.

Todo poder te mata à toa, menino!
Poder é coisa pros bobos!
Escuta o poeta de POA:
seu poder é sobre si
(É bem outro!)

Eu vou queimar a largada
e te dar luneta-microscópio:
em você moram todas as galáxias,
você é seu próprio negócio!

Expanda-o em ventura.
Trust me, just hold Love.
É o melhor cartel que se pode.
Que seja sua vida doce!

Por hora, meu filho,
são as palavras que trago!
E te acalma que aqui fora
te esperamos para o abraço!

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