Pequena Morte, que sorte!
encontrar-me com você.
De outras sortes maiores
não extraio o mesmo prazer.
Por que por seu show diminuto
é tão fácil que seja tragado?
O mundo é tão vasto e são tantos
os encantos a serem explorados!
Tanto se respira
havendo tanta amplidão,
que é de se estranhar quem se confina
entre paredes, cama e canção!
Pequena Morte, que sorte!
e já pouco me importa o resto!
Só lhe peço que me moleste
(e nem lhe pediria os recessos...)
Só posso morrer interino
(nada de morrer-me inteiro!),
E vou alardear nossa sorte
cantando-a no chuveiro.
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