quinta-feira, 18 de julho de 2013

LUSTROS

Minha vida é esta:
nunca o lustro de uma distinção.
Com lustros só faço décadas,
já três perdidas, vividas em vão.

Queria ser dessa gente-alegria,
da gente esquecida de sua condição.
Mas esquecê-lo é presente dos tais poucos
"que andam loucos de satisfação".

A vida é feita de procura,
não é outra a loucura
deste tolo coração.

A vida mesmo finda não se conclui,
e o que nela jamais se inclui 
é sua própria explicação.

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