Com um
coração divido em quatro,
por que
seria eu indiviso?
Não
veem que o desejo mais comum,
por
sê-lo, é o de mais de um?
Por que
tanto amor ao compacto
se em
dividir-se há repartição?
E não é
o que sempre pregaram,
o dever
de dividir o pão?
Às
vezes sinto-me tão espírito!
Mais
até do que o corpo comporta.
E não o
podendo encarnar a meu alvedrio,
vivo à
espreita de abrir-se a porta.
A porta
mais aberta,
a
abertura que me deleita,
é a de
ver-me inspirado.
E você,
por favor, sem desfeita!
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