Da Lira
O mal do poeta
não é que o poeta seduz,
mas que se apaixona
na velocidade da luz!
Dos traços finos que a moça coça,
dos perfumes que na tarde aspira,
do som melífluo que a menina ria,
de tudo o poeta quer amostra!
Mas não desista a moça do que se apresenta,
em sinceridade, de harpa na mão.
E se no amor não há jamais sucesso,
o sucesso é certo na canção.
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