Em ti não quero mandar,
nem te quero obedecer.
Quero sentar, impassível,
e te ver esbravejar, ensandecer.
E em fúria, transtornada,
ver-te de beleza excessiva,
derramada.
Entorna os discos todos ao chão,
e faz música da minha vida!
E seja para mim harpas a televisão,
para te ver entretida.
Entre ter-te em balbúrdia, ou
manter a casa na ordem no dia,
não me demora nem um segundo
optar pela alegria.
Ah, mas meu desejo me dá bode!
Não é coisa pra só mais um dia!
E o coração não se importa,
nem deseja alforria.
Prefere à vida morta
na escravidão esquecer-se.
E a minha alma, de querer-te torta,
faz o que pra merecer-te?
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