domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
SMS
O celuar a quer "leitora" e não "jeitosa",
como eu o mandava registrar.
Mas que escolha desastrosa,
de quem não sabe avaliar!
O celular não sabe nada!
É coisa besta, abandonada.
Fosse dotado de conceitos
não o deitava ao lixo,
onde ficará, micho,
amargando ignorância.
Melhor fazia em, com respeito,
subi-la de conceito,
que seu universo, sim, é rico!
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Eu estranho de mim
Cai a tarde feito um viaduto,
mas não trago trajado o luto;
seria ultraje com tanto a lutar!
E meu combate não será vencido
pois só ao me ter conhecido
poderia eu o deixar.
Mas quanto mais me olho mais me estranho,
e não me estranha eu não ter rebanhos,
que não sei pastorear.
Só sei errar a esmo, à cata,
ou comandar velha fragata,
aberto o veio do mar.
Navegar, dizem, é preciso,
mas me indispus com o astrolábio;
briguei com a bússola;
rasguei o mapa.
Vou ficar aqui esquecido,
a ver se você me passa!
Rio Adentro
Acorrentado?
Só rio abaixo!
Em aventuras me desfaço
e esforços não faço
em recomposição.
Só poderia ser um novo,
o mesmo de antes, não!
E quem quereria repeteco
quando, olhado de perto,
não seria repetição?
Mais um segundo e o rio é outro,
e mergulho como louco,
e louco não tem medo, não!
Então mergulhe no meu pouco
e vamos, em alvoroço,
repartir o mesmo pão!
domingo, 24 de março de 2013
Desencante
Moça! Moça! Moça!
Suspenda logo o encanto,
e seja coisa aprazada!
Desperdiça energia encantada
se do encanto não faz nada!
E o que ganha em correr mundo,
em desatino, apressada?
Vem-me disso algum peso,
sinto a alma acorrentada.
Moça! Moça! Moça!
Não posso estar assim,
só sei ser sonho,
essa coisa alada!
sábado, 23 de março de 2013
Sol Súbito
Surge, súbito, o sol sobre o campus
e lhe restitui a alegria.
É sexta-feira e ela é completa,
alegria sem eira nem beira.
Só eu, caminhando meu passo curto,
é que não a partilho.
Fez-se já a partilha de mim
e não sei a quem coube a alegria,
a alegria que não cabe em mim,
que sou só saudade.
Talvez também algum lamento!
Sim! O de sair sem as chaves
quando a porta se fechava por dentro.
Por dentro e com só tocar o batente.
Bato-me com os dias e,
se não desconheço a alegria,
é que conheço a recordação.
O passado é leve, tão leve
que não entendo porque
não me bastam as forças
para que o traga ao futuro.
Já sei! Pra isso é preciso concurso,
o teu concurso, mas és desviada rota,
desvairada rota.
Amarrota as cortinas se preciso,
mas abram-se!
O sol quer entrar!
E a luz será sempre benfazeja
se a soubermos moderar.
Só me falta a tua maciez de nuvem
para (até núbeis) já podermos nos reinstalar.
Estala-me então o beijo na fronte,
o beijo forte,
o beijo por que soube esperar!
(Poema feito hoje cedo.
Começa apagado, termina aceso).
quinta-feira, 21 de março de 2013
Cadente
Há riscos em todo proveito.
Arrisco, sim! Nada é perfeito!
E se não me largo me estreito;
perigo é não se lançar!
Na queda se aprende a cair,
e há portas que, só assim,
tombadas, se podem abrir
(são portas pro mais de mim).
O que sou além do conforto?
Quem sou eu aquém do desvelo?
Revela a coragem o medo
se o podemos vencer.
E quem não combate é vencido!
Derrota é não ter combatido.
Pra que, então, tanto siso
se te poupa de viver?
Adiante! Força menino!
Não dispensa algum vaticínio,
mas a vida, pra isso eu atino,
é a que souberes fazer!
É a que!
É aqui!
MMRMD(NM)
Há muito já que te busco,
queria agora você já estar!
Pra caça não tenho atributos,
sou astuto em te desejar.
Do meu desejo faz lar!
Põe-lhe portas, janelas,
e uma rede, aquela amarela,
e nos deixarmos estar.
E ela atada, nós dentro,
a nos amarmos, contentos!,
até com rebentos nos brindar
a vida que assim se plantar.
terça-feira, 19 de março de 2013
Sublimado
Doem em meu peito
coisas que, eu suspeito,
não me hão de derrubar.
Doem-me no peito,
doem porque, contrafeito,
muito as hei de suspirar!
domingo, 17 de março de 2013
Partout
Gosto de viajar,
que é ensaiar outras vidas.
Gosto de viajar,
missão comprida cumprida.
Disse o médico centrado,
no Centro, ao centro de mim,
que a cabeça se abre assim:
conversando, lendo e viajando.
Fiquei feliz com o revelado,
que já tenho tudo arranjado!
É que converso lendo e então viajo!
Leio viajando e com verso.
E viajando não deixo de ler e conversar.
E com versar me confesso!
sábado, 16 de março de 2013
A Bem Soado
Não peço bençãos;
penso que se dão mais do que se concedem,
ou que as recebem os que as merecem.
Aceso na noite, não sou merecedor.
Eu, só, na noite, mereço a dor!
Criador.
Cria-a-dor.
Qu'ria a dor (o que ria à dor).
Cria.
Pedia então a um Senhor mais elevado,
não era matéria de retardo,
era míngua de resultado.
Não há colaboração.
O trabalho mono do solitário jamais venceu duas jornadas!
E que há de errado com as terceiras chances!
Quelle chance! Third stone from the sun!
E foi no terceiro planeta que se deixou estar
acompanhado por mais do que uma rosa,
e que a revoada de pássaros tornou-se muito mais proveitosa
porque mais, muito mais amplos os horizontes!
O mundo é per correr.
E me ocorre agora que só não corro
quando pode ser que você me acorra.
É isso!
Se você vem às quatro desde as três eu serei feliz!
E tu te tornas é ternamente responsável pelo que cativas!
quinta-feira, 14 de março de 2013
Hoje (sem falta!)
Carpe diem, bela gente!
Ou não adiem! Não adiem!
Não adiem ad aeternum o que o dia dispôs.
Todo o poeta o dizia,
sigamo-los pois!
"As glórias que vêm tarde já vêm frias",
disse-nos Tomás.
Então as gozemos em dia,
sem olhar pra trás!
Não leve os olhos ao futuro,
tenha-os fitos no agora.
Aquele é projeto obscuro,
terra que a mão não explora.
Não descuidemos da vida,
cristal que não se refaz,
e a deixemos protegida;
É aqui! Não à frente ou atrás!
terça-feira, 12 de março de 2013
O Instante
Canto porque o instante existe.
Ai, se tu não me pedisses
para a tua vida alegrar!
Ficava a minha pejada de tristeza
e não havia poesia ou destreza
que a pudessem consertar.
Pois pesava-me a falta de tua leveza,
tua doce correnteza,
teu alegre farfalhar.
E juro que emudecia,
não cantava o que sentia,
pois era "canto do que não há".
segunda-feira, 11 de março de 2013
Luzido
Vida rimada,
vida arrimada
no que a pena produz.
Vida pontuada,
vida pontilhada,
tecida em ponto-cruz.
Mas há também alegrias
e as descobri no dia
em que brilhei-me de tua luz!
sábado, 9 de março de 2013
Saci
Homens que se saciam
e perde o amor perna que o sustenta.
Mas que culinária é essa
se faz-se só de pimenta?
O amor, bem mais que isso,
é o que o coração inventa,
segredo que só se revela
à gente muito atenta.
O amor é o que move o mundo!
Mas e meu caos,
o que o orienta?!
sexta-feira, 8 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Não vá, tarde!
Tarde vagabunda,
te convido,
inunda minha vida de prazer.
Tarde vazia,
que alegria
invade-me só de te ver.
Tarde do à-toa
em que o tempo voa
e a vida é só espairecer!
Tarde mais sem nada,
me oferece tudo!
E esse tudo-nada é que é viver!
Tarde, minha musa,
em que nada se usa,
tenho já saudades de você!
Tarde de sossego,
este mancebo
só quer o seu ermo viver!
segunda-feira, 4 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
Amar: verbo solto e lasso
Amar é simples amplexo,
complexo abraço;
Simples ósculo,
complexo balaço;
Se pode em discrição
ou em estardalhaço.
Amor só em ato solto,
ate ou desate laços.
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
Pe(r)dido
Moça feiticeira,
linda e faceira,
peço-lhe favor
com toda a ligeireza:
Me deixe estar pra sempre
ao pé de sua beleza
ou reverta agora o encanto
que me faz, de uma só feita,
oferecer-lhe tudo:
banho, cama e mesa!
Assinar:
Postagens (Atom)