Escasseia o ano,
Escasseiam seus dias.
Mas não escasseia o Tempo,
que adia sua alforria
(embora escasseie o tempo
que temos para o dia-a-dia).
A folhinha do Sagrado está fina e decotada,
e já me chegou a nova, com um novo modelo de Jesus.
Mas para o modelo de Jesus ninguém se ajusta.
Muitas promessas para a casca,
que se adensa ou se afina,
conforme a meta de formosura.
Alguns pretextam imperativos de saúde.
Alongam a vida sem a transformar.
Alongam a vida para mais a lamentar.
Mais tempo perdido,
iniciativa adiada.
O verdadeiro Futuro esquecido
na consciência inebriada.
Distraem-se ou se divertem?
Tudo é o mesmo.
Tudo é fabricar alegrias
e oferecer soslaios ao medo.
É desprezar o alarme,
ignorar o sinal.
Alijar a oportunidade
de abreviar o mal.
Então te desejo algo,
e esse algo não é coisa alguma.
Essas coisas te distraem,
esse algo te apruma:
Para o alto e avante!
No rumo da luz
(já não como antes).
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