quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

CASA DE BAMBAS (Samba)

Para Olga

Levou-me ao samba
e minhas pernas de bambas
passaram a doces.

Eu dancei como se também fosse
dono de todos os ritmos.
Num sô dono nem de mim,
como previsto em nossos signos.

(faz o que quer comigo...)

Nasceu dona da festa,
quando nesta Festa se instalou.
Minha vida, de quase funesta,
fez-se festejo que nunca acabou.

Larguei o Tejo.
Larguei Itabira.
Do Rio, a Orla comprida.
Já não é cego quem falou.

De que me importam versos
se a Poesia me assomou?
Se neles pedia graças 
e com a filha da Graça estou?

Só me congraço com a Alegria,
faço cangaço da apatia
e a cravejo de balas,
como Maria Bonita.

Maria Bonita sabem bem:
É Olga!
Ao verso e a vocês chega a folga.
A mim, ao pé dela, 

função!

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