No Estação Botafogo
apenas elegantes senhoras,
elegantes à outrora,
veem passar o tempo.
Irmandade Lumière.
já não têm (ou tiveram) maridos,
e seus rapés.
Estão ali tão livres!
E convertem o tédio em festejos.
Lembram-se do que não vejo.
Do que em verdade nunca vi.
Ou talvez tenha visto de outra feita
e, contrafeito, me esqueci.
O tempo dilata-se,
como é próprio do domingo.
Minha juventude aquilata-se,
não há outros jovens comigo.
Eu que nasci para ser livre,
ou só(,)para ser sozinho.
Rio, 20/11/2016.
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