Nosso Natal é estranho!
Não é um Natal brasileiro,
é um norte-americano.
Ou é um Natal europeu.
Natal elegante de inverno,
não um Natal de plebeu.
O sol racha sobre nossa raça.
Um sol longo, nada breve.
Mas o brasileiro, de pirraça,
veste seu Natal de neve.
E não é sequer novidade.
Sempre tivemos desfiles
de ternos por nossas cidades.
Um calor desgastante
e a gravata os sufocando,
numa morte elegante.
Todo dia se morre um pouco.
Quanto ao ponto é mais livre
um qualquer do povo.
Esqueça, meu irmão,
adereços de vária cor,
e prefira dar o endereço
de seu coração ao Senhor.
O Natal é o Dele,
sob Ele todos irmãos.
E há de nos perdoar
vivermos cada um em sua estação.
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