quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CASA

Os dias passam
sem que eu sinta sua substância.
Não há rogativas,
não há instâncias.

Nada faz com que eu me esteja,
sou sobremesa sem refeição.
Sem cadeiras,
sem comensais.

Sento olhando as paredes,
os dias parecem banais.

Sonho o apelo do amor,
sua chamada bendita,
capaz de fazer florescer
a semente mais perdida.

Nada fica recôndito,
tudo o amor acessa.
Até se parece incômodo
que ele nada me peça.

(Ah! Benfazeja intromissão!)

Cupido,
sem cupidez!
As flechas necessárias à graça!

Amor, eu não sei onde andas,
mas eu habitarei tua casa!

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