Às vezes,
por forço do muito carinho,
sou ser alado.
Às vezes sou descaminho,
festa sem convidados.
É quando melhor me ouço,
ecoado no imenso salão.
Quando sozinho exploro
meu despovoado coração.
Vejo sombras que remetem
a moças do passado além.
Canto escuro em que não canto,
porque cantar já não convém.
Bailo no embalo da modificação,
e nos amigos esbarro,
e o contato redunda em clarão.
Eles são os que não me vêm,
e não me vêm porque me estão.
E são os que não se veem,
como não se vê a canção.
Então os bendigo: Amém!
Era do amor a amplidão!
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