No 8001
Esta cidade é um calvário!
Eu o penso, rodoviário.
Grafo em telefone meus poemas,
e porque perdê-los faz-me pena,
não hesito eu em enviá-los.
Envio-os a um amigo mais atento
e assim os protejo do larápio,
que talvez ande longe e infenso
a mesmo entrar no raio do astrolábio.
Mas que bom que a poesia é o tesouro
e que anda sempre nela, protegida,
minha vida de alegrias e desdouros!
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