segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vai-te!



Aceso na noite,
não ilumino ninguém;
mas Carlos me adverte:
é o amor o a que se vem!
E o que não ama, peito aberto,
fica do cuidado refém.

Um pássaro cantou alvorada
e outros já o acompanham.
E a alegria que fez entoada
já é sinfonia de um bando.
E o velho bardo que a doar-me
não me dou, o que estará
esperando?

Vai-te, velho vate!
(não há abate!)
A vida é em se
experimentando!
E os erros cometidos
em boa causa, não maculam
tua alma de educando.

Faz do teu mundo educandário,
o que o canário faz do canto.
Pinta o céu do teu sorriso
laranja-róseo e o alterna
(como o dia alterna a noite)
com teu pranto.

Não há mapas prontos à mina,
e que a procura te vá minando
é ainda (acredita!) melhor sina
do que da vida estar-te poupando!

Um comentário:

  1. Engana-se! Ainda que esteja no escuro, ainda que esteja apagado, a luz que me ilumina acesa está. Luz é tua alma que vive, me invade também em noites escuras.

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