segunda-feira, 20 de março de 2023

DIAMÔ (Palpitação)

Como são naturais e universais as canções de amor!
A ponto de empolgarem os que não amam
(ou assim creem). 
Quer sejam as sofridas, as espirituosas,
ou as de arrebatamento puro. 

No corpus das canções dos Beatles há mais "love"
do que qualquer outra palavra.
(O amor é uma fase
que pra sempre fica marcada).

O amor quando não é o estado é desejo.
O amor está em tudo de permeio.
Espécie de seiva, acho que só falta
onde a vida se ausenta.


(Amor, insidiosa presença!)

E goteja, vaza em notas e melodias.
O amor, a grande família.
As canções, a companhia,
mesmo até se um pouco amarguradas.

Sem canções e amor não se faz nada!
Não de verdade, embora fingir sempre se possa.

Mas não essa febre,
não (e nem se deve) essa bossa. 
Ausente, o amor é fossa,
que também é aposta (rentosa) da canção.

Não sei cantar.
Não sei tocar,
mas entendo de palpitação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário