sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ALVISSAREIRO

Apagado o medo,
a Esperança faz reclame da vida.
Aquela que só é bem cumprida
quando comprida no amor.

Aquela altura de onde tudo se divisa,
onde os prós obnubilam os poréns.
Onde os vinténs não se contam
e não existem outras vantagens.

Não há nada a reservar-se,
tudo pode ser repartido.
O amor (olhos de ver!)
é o banquete mais sortido.

Todos a suas preferências,
nada as diminui.
Só o respeito por regra
(a única que se estatui).

A parcimônia é de sua essência.
Em sua harmonia não há ruído.
O que se abriga no amor
de nada está acometido.

Porque o amor abriga
alcunham-no "coração de mãe".
O amor já havia ontem.
O amor constrói o amanhã.

Lembra da força suave?
O amor a engendrou.
O mesmo amor nesta Terra
demonstrado por nosso Senhor.

O amor não hesita.
O amor é alvissareiro.
É o fino sol da manhã
sobre qualquer nevoeiro.

O amor é melhor vivido,
transcende os verbos e os sujeitos.
O amor nem pode ser dito!,
mas eu sei por quê me atrevo.

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