terça-feira, 6 de novembro de 2018

BASTET

Procura.
Procura abertamente.
Só nossa mente dormente
não alcança o quê.

Filtra o necessário
e o que não se pode saber.
Salta sobre a prontidão,
das profundezas do relaxamento.

(Percorre num nada de tempo
toda a extensão do apartamento.)

Estira-se.
Alonga-se.
Saúda o sol,
numa ioga elegante 
e sem comando.

Honra-me com seus olhares.
Brinda-me com sua companhia.
Parece-lhe indiferente
se ontem não fui da gataria.

Sabe o que faz.
Faz preciso.
Faz-me mais livre
o que me livro.

Não lhe importam imagens,
vai direto à fonte.
Vai à janela,
espreita o horizonte.

Parecem esses olhos
saber da amplidão.
É como a chuva 
chegar ao Sertão.

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