Para Carlos Maltz, Jurubela e Nathalia Duarte
Sempre de olhos postos no mar
(de onde também nascem Sol e Lua
sem se perguntarem em que costa),
penso em sua generosidade.
Trabalha infatigável e a bem,
vinte e quatro horas por dia,
o dia inteiro, todo o ano,
pouco importa o ano em que estejamos.
(Ou se bissexto ou bisesdrúxulo...)
O mar é mais corpo que corpúsculo!
O mar abraça todo aquele
que se acerca sem o cercar.
O mar não conhece o medo,
porque sabe que é infinito.
Já o singraram glórias,
já o contaminaram conflitos.
Abençoou a tradição dos crentes,
deu naufrágios aos aflitos.
O mar não teme adiantar-se,
disputa o horizonte com o céu
sem deixar de beijar a areia,
que a areia é que é planeta.
Eu sou mar!
Embora um dia não o visse.
Sei que não vou me acabar
se buscar o que Deus me disse.
Penso na bússola que sei que ostentei,
sempre apontando pro Norte.
Porque me perdia em talentos do Sul,
distraído do nodo da sorte.
Que imensa Graça a dos encontros
que nos apontam pra onde ir.
Mar, você é o espelho!
Eu também vou servir!
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