a velha chama da saudade!".
Disse-o o boêmio a sua beldade
sobre os dias em que não a via.
Há vias que são melhores limpas,
como as vias da liberdade.
A liberdade é coisa santa,
coisa que coabitar espanta.
A chama da saudade é preciso
inflamar-se nela sem que se extinga,
fazê-la pira olímpica.
Não é espetáculo pra todo dia,
é restaurante favorito,
esperar o próximo livro.
É rezar pra que não chova
no dia do futebol.
É escolher com muito critério
onde passar o carnaval.
É entender a avaliação do Rosa,
que fazia poemas até com sua prosa:
felicidade se acha em momentos distraídos.
E o distraído é um só,
que em certos momentos se conjuga.
Domingos, dias de chuva,
ou se o convoca outro coração.
Viva um pouco de saudade!
O amor é liberdade,
não matéria de contratação!
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