sexta-feira, 22 de julho de 2016

À QUE VIER

Tento alcançar a caneta,
que me está à vista,
mas não me está à mão.
Vejo as placas pelas costas
(eu estou na contramão).


Foi tanto você em vez de mim,
que agora sou ao invés de você.
A ilusão me é amarga
(nunca lhe tirei prazer).

A baia não me vem à baila,
refresco-me onde puder.
Troto manco, mulambo
(sempre fui um pangaré).


Faço-lhe a corte,
o que me abre um corte.
A vida é falta de sorte!
(só me resta o que vier...).

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