domingo, 29 de novembro de 2015

ASPIRANTES

Sou contraditório.
Do que digo não se faz oratório.
Vivo confuso
(é notório!)

O que penso é solúvel.
Não sei a palavra é "volúvel",
mas o que diz a gente me muda.
E a muda se planta e vai a árvores
que eu jamais suspeitei.

E às vezes são de muito viço;
não são novo compromisso,
mas podem ser altas de dar-me mirantes.
E tudo o que agora percebo
me torna o que eu não era antes.

Não me seguro em encargos,
a vida é de livre provimento.
O que podem me dar pra que me prive
de um constante livramento?

Ideias...
Serão asas ou masmorras?
É bom que me abrasem até que eu morra,
e me corroam até minhas cinzas.

Ou talvez as formemos juntos,
não era esse mesmo o assunto?
A terra dá-se a entradas de bandeirantes,
e na vida somos todos aspirantes!

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