sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ARGUMENTO

Você deixou ser homem por minha conta.
Por quê? Se não estava pronta.
Que conta você fez?
O que você apronta se a lua muda?
Por que não veste minha verdade e despe a sua?

Eu chamei seu nome pela rua.
Chamei-a os anos todos.
Chamei as chamas de um louco,
consumi-me em arder-me.

Por que quer perecer-me?
Se disse que havia tempo.
Se vazou dos meus olhos o intento.
Se fui o segundo rebento.
Se me arrebento aqui!

Que argumento escolhi?
Acho que estou ali.
Pulo,
me agacho,
eu prefiro sorrir.

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