domingo, 26 de julho de 2015

PEÇA

Disse-me a moça apenas
que eu era uma "peça rara!".
E disse-o mesmo sorrindo,
direto à minha cara.

E se assim fez me parece
que a coisa fosse um elogio,
porque ofensas não se tecem
tão livremente, ou é desvario!

E tampouco tenho a impressão
de que alguém aspirasse a ser comum.
Pra isso não é preciso intento,
é o natural talento de qualquer um.

Então não vou gastar com isso
as minhas horas meditabundas.
Se o encaro como elogio
a felicidade abunda.

E quem escolheria outra coisa?
A amizade é o que nos apruma!

Nenhum comentário:

Postar um comentário