Os mais belos poemas,
dos melhores poetas,
estão escritos!
Temos licença pra ser pequenos!
Para nos apequenar aquém daqueles,
menores do que quando foram mínimos,
quando havia ainda a mínima grandeza.
Estamos livres para conspurcar a página,
dotá-la de nódoas tristes,
tristes das nossas agruras
nada revelarem que se some à dor dos homens.
Porque os homens são tantos, e são tudo,
e se agrupam no universal.
E nós não nos destacamos;
singulares, somos mesmo quaisquer.
Abandono,
dono sem bando.
Do contrário, o contrabando
do que se dá sem ser recebido.
E vamos anotar no vento
o que logo que esculpido se diluirá.
Porque somos indefinidos e disso
nem a morte nos redimirá.
Somos indefinidos e nada esperamos,
nem restamos eterno esperar.
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