"Estamos bem
na medida do possível",
essa medida que queremos tanto ampliar
e a vida posterga.
Nega-nos a festa,
impõe a reflexão.
Mal sabia a vida sabida
que faço festa clandestina
no solitário coração.
Mantido sempre limpo
pra caso ela apareça.
Está com tudo enfeitado
e os talheres sobre a mesa.
Ornado com música que comove,
brilho nas janelas da alma,
e uma Esperança que ignora a morte.
A Esperança sorrida que sabe
que o futuro é um mistério
mais bonito que as lembranças.
Porque lá longe vem a angelitude,
tão mais fulgurante
que a esmaecida decrepitude.
Nem museu vive de passado,
mas dos futuros visitantes.
E são convidados pra minha festa
os presentes circunstantes.
Vão comigo pelo caminho,
este em que nunca nada é à toa.
A canção inspirada por um
este outro é que a entoa.
E a vida nunca fez segredo
de que a possível é que é a boa.
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