Para John e Yoko, e Fafá.
A tarde é tão calma
que sinto sua graça me abraçar.
Meus olhos descansam sempre
que é hora de alma ver.
É clara a plenitude
e a semente da esperança
ser a da mudança de atitude.
São evidentes os erros
que ficaram atrás.
Basta consultar a consciência
(e qualquer um é capaz!).
Pulsa ali a lei real,
ideal de fraternidade.
Sempre é tempo pra leitura
do que nunca fica tarde.
O tempo te deu o presente
que vestiu com as cores do agora.
Matéria-prima de tudo,
célula da História.
A cada um a liberdade
para agir dentro do trem,
do vagão que foi dado.
Pode escolher não ver outros presentes
que brilham no banco ao lado.
Pode escolher não fazer, não pensar,
afogar-se em tanto "não!".
Ou pode render-se
a que no "SIM!" vão vinho e pão.
Pisar a uva, ceifar o trigo.
Tecer do que foi dado
para aquecer-se no frio.
Ver em todo o contato
pulsar a chance de um amigo.
Um irmão de jornada,
ou até condiscípulo.
A hora que é dada pra nada,
é dada em verdade pra isso!
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