Para Heloísa BAPE.
Vim de lá pronde vou.
De onde o ar me soprou
os ventos mais inspirados.
Onde alado me sustentei
sem recurso aos pés.
E sem pés sem barro,
apenas fui alçado
a alturas insabidas.
Desconhecidas de mim,
ainda aprendiz.
E quem olha não diz
e já fui suposto professor.
Mas sempre me pareceu distinção
e que não a merecesse.
Mas agora dá-se a ler-se
outra espécie de declaração.
A de amor ao aprendizado
em todos os seus matizes.
Seja Heloísa com seus petizes
ou mestres e alunos de cãs prata.
A saída é a mesma entrada,
e não há nada que mais ensine
que o esforço de ensinar.
Do púlpito, à mesa, no chão.
Nenhum ensino é vão
que emane do amor.
O tempo é sempre adequado,
tanto pro recém-chegado
quanto pro em seu estertor.
A lição é compartida
entre todos os circunstantes.
Ensino agora, aprendo antes.
E toda lição é vida!
CNF-REC, 29/3/2019.
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