No ar limpo de mortes gratuitas
os morteiros morrem de inatividade.
E os coveiros só enterram
os vitimados pela idade.
As pombas fazem-se brancas
nos voos por toda parte.
Os leitores só se ocupam
do capaz de inspirar-lhes
as ideias mais santas,
os sentimentos mais nobres.
Há muito os bons partidos
já não cheiram a brilha-cobre.
Os brilhos são outros.
O empenho é bom.
A ninguém se nega alimento.
A todos toca o pão.
O pão material
e o espiritual também.
Ao bem que todos se desejam
todos dizem "Amém!".
Eu sei que é ainda plano;
nos demos, pois, à Construção.
O tempo voe ou escorra lento
abriga sempre solução.
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