Para John e Yoko, e Fafá.
A tarde é tão calma
que sinto sua graça me abraçar.
Meus olhos descansam sempre
que é hora de alma ver.
É clara a plenitude
e a semente da esperança
ser a da mudança de atitude.
São evidentes os erros
que ficaram atrás.
Basta consultar a consciência
(e qualquer um é capaz!).
Pulsa ali a lei real,
ideal de fraternidade.
Sempre é tempo pra leitura
do que nunca fica tarde.
O tempo te deu o presente
que vestiu com as cores do agora.
Matéria-prima de tudo,
célula da História.
A cada um a liberdade
para agir dentro do trem,
do vagão que foi dado.
Pode escolher não ver outros presentes
que brilham no banco ao lado.
Pode escolher não fazer, não pensar,
afogar-se em tanto "não!".
Ou pode render-se
a que no "SIM!" vão vinho e pão.
Pisar a uva, ceifar o trigo.
Tecer do que foi dado
para aquecer-se no frio.
Ver em todo o contato
pulsar a chance de um amigo.
Um irmão de jornada,
ou até condiscípulo.
A hora que é dada pra nada,
é dada em verdade pra isso!
sábado, 27 de abril de 2019
terça-feira, 16 de abril de 2019
UM QUINZE DE ABRIL (Música)
A uma amazona.
Sem circunlóquios, Senhor,
agradeço por conhecer o Amor
em tantas dimensões.
Em patas, pelos,
abraços, desvelo,
cooperação e oportunidades.
Por tê-lO tido em todas as fases,
todas as idades!
Ainda quando não sabia
de onde me vinha.
Vinha-me de Vós,
a voz e a vinha.
O único vinho com que brindo
ao tempo e às chances.
As chances não cessam
ao que se dispõe à atenção.
E é um merecimento
ser capaz do esforço.
E que não me estranhem o alvoroço!,
que a marca dessa filiação é o sorriso.
Senhor, peço-Vos o crivo para ainda muito chão,
e por ele Vos bendigo.
Sem circunlóquios, Senhor,
agradeço por conhecer o Amor
em tantas dimensões.
Em patas, pelos,
abraços, desvelo,
cooperação e oportunidades.
Por tê-lO tido em todas as fases,
todas as idades!
Ainda quando não sabia
de onde me vinha.
Vinha-me de Vós,
a voz e a vinha.
O único vinho com que brindo
ao tempo e às chances.
As chances não cessam
ao que se dispõe à atenção.
E é um merecimento
ser capaz do esforço.
E que não me estranhem o alvoroço!,
que a marca dessa filiação é o sorriso.
Senhor, peço-Vos o crivo para ainda muito chão,
e por ele Vos bendigo.
domingo, 14 de abril de 2019
CALDA CAUDA DO COMETA
O rastro de luz
é o pus
da ferida certa.
A ferida
que já não está
aberta.
A terna lição
que o ontem
cravou.
Os erros são o fermento
com que se nutre o atento
devoto da evolução.
Bem mais que ordem,
o progresso.
O mais privilegiado acesso
à real ascensão.
O ascenso tem nascimento
e todo burilamento
começa de pés no chão.
Palmilhe a senda
com carinho.
E verá que a melhor oferenda
são amor e atenção por caminho.
é o pus
da ferida certa.
A ferida
que já não está
aberta.
A terna lição
que o ontem
cravou.
Os erros são o fermento
com que se nutre o atento
devoto da evolução.
Bem mais que ordem,
o progresso.
O mais privilegiado acesso
à real ascensão.
O ascenso tem nascimento
e todo burilamento
começa de pés no chão.
Palmilhe a senda
com carinho.
E verá que a melhor oferenda
são amor e atenção por caminho.
quinta-feira, 11 de abril de 2019
SONHO
Quarta-feita,
bandeira a meio mastro.
Ninguém precisa dela inteira
para emplacar o abraço.
Ainda que fosse toda verde,
sem losango e círculo a flâmula,
eu me enrolaria nela,
todo pendão da esperança!
A melhor certeza,
ou a única possível,
é a da própria firmeza,
a de estar de si convicto.
A essa força chamo impulso,
e que ela nunca me falte.
E que todos vejam beleza
naquele que nunca se abate.
Dragões ou moinhos de vento,
por nada me tensiono.
Porque vou ser sempre vizinho
de quem radicar no sonho.
bandeira a meio mastro.
Ninguém precisa dela inteira
para emplacar o abraço.
Ainda que fosse toda verde,
sem losango e círculo a flâmula,
eu me enrolaria nela,
todo pendão da esperança!
A melhor certeza,
ou a única possível,
é a da própria firmeza,
a de estar de si convicto.
A essa força chamo impulso,
e que ela nunca me falte.
E que todos vejam beleza
naquele que nunca se abate.
Dragões ou moinhos de vento,
por nada me tensiono.
Porque vou ser sempre vizinho
de quem radicar no sonho.
quarta-feira, 10 de abril de 2019
PÃES
No ar limpo de mortes gratuitas
os morteiros morrem de inatividade.
E os coveiros só enterram
os vitimados pela idade.
As pombas fazem-se brancas
nos voos por toda parte.
Os leitores só se ocupam
do capaz de inspirar-lhes
as ideias mais santas,
os sentimentos mais nobres.
Há muito os bons partidos
já não cheiram a brilha-cobre.
Os brilhos são outros.
O empenho é bom.
A ninguém se nega alimento.
A todos toca o pão.
O pão material
e o espiritual também.
Ao bem que todos se desejam
todos dizem "Amém!".
Eu sei que é ainda plano;
nos demos, pois, à Construção.
O tempo voe ou escorra lento
abriga sempre solução.
os morteiros morrem de inatividade.
E os coveiros só enterram
os vitimados pela idade.
As pombas fazem-se brancas
nos voos por toda parte.
Os leitores só se ocupam
do capaz de inspirar-lhes
as ideias mais santas,
os sentimentos mais nobres.
Há muito os bons partidos
já não cheiram a brilha-cobre.
Os brilhos são outros.
O empenho é bom.
A ninguém se nega alimento.
A todos toca o pão.
O pão material
e o espiritual também.
Ao bem que todos se desejam
todos dizem "Amém!".
Eu sei que é ainda plano;
nos demos, pois, à Construção.
O tempo voe ou escorra lento
abriga sempre solução.
quinta-feira, 4 de abril de 2019
CLARO
Aos de alta tensão.
Vistas do avião,
à noite,
as cidades parecem queimar.
E é o sol,
incandescente,
que apaga o incêndio.
Nem sempre parece claro
o que podem os recursos que temos.
Vistas do avião,
à noite,
as cidades parecem queimar.
E é o sol,
incandescente,
que apaga o incêndio.
Nem sempre parece claro
o que podem os recursos que temos.
PRECIPITADOS
Aos Psiquiatras Espíritas da AMEMG.
se confessa.
Também o que não é imposto
se declara.
A verdade gosta de dar na cara,
e dá na cara do distraído.
Diz-se traído o que do mundo
não recebeu o que esperava.
Diz-se atraído por uma espécie de abismo.
Eu à noite às vezes cismo:
o que me levava?
Não me levava a nada!
E o desejo de cair é precipitação!
Não se precipite, meu irmão!
Esperar é de bom alvitre
e esse alvitre, salvação!
quarta-feira, 3 de abril de 2019
LIÇÃO
Para Heloísa BAPE.
Vim de lá pronde vou.
De onde o ar me soprou
os ventos mais inspirados.
Onde alado me sustentei
sem recurso aos pés.
E sem pés sem barro,
apenas fui alçado
a alturas insabidas.
Desconhecidas de mim,
ainda aprendiz.
E quem olha não diz
e já fui suposto professor.
Mas sempre me pareceu distinção
e que não a merecesse.
Mas agora dá-se a ler-se
outra espécie de declaração.
A de amor ao aprendizado
em todos os seus matizes.
Seja Heloísa com seus petizes
ou mestres e alunos de cãs prata.
A saída é a mesma entrada,
e não há nada que mais ensine
que o esforço de ensinar.
Do púlpito, à mesa, no chão.
Nenhum ensino é vão
que emane do amor.
O tempo é sempre adequado,
tanto pro recém-chegado
quanto pro em seu estertor.
A lição é compartida
entre todos os circunstantes.
Ensino agora, aprendo antes.
E toda lição é vida!
CNF-REC, 29/3/2019.
Vim de lá pronde vou.
De onde o ar me soprou
os ventos mais inspirados.
Onde alado me sustentei
sem recurso aos pés.
E sem pés sem barro,
apenas fui alçado
a alturas insabidas.
Desconhecidas de mim,
ainda aprendiz.
E quem olha não diz
e já fui suposto professor.
Mas sempre me pareceu distinção
e que não a merecesse.
Mas agora dá-se a ler-se
outra espécie de declaração.
A de amor ao aprendizado
em todos os seus matizes.
Seja Heloísa com seus petizes
ou mestres e alunos de cãs prata.
A saída é a mesma entrada,
e não há nada que mais ensine
que o esforço de ensinar.
Do púlpito, à mesa, no chão.
Nenhum ensino é vão
que emane do amor.
O tempo é sempre adequado,
tanto pro recém-chegado
quanto pro em seu estertor.
A lição é compartida
entre todos os circunstantes.
Ensino agora, aprendo antes.
E toda lição é vida!
CNF-REC, 29/3/2019.
segunda-feira, 1 de abril de 2019
LIRIAL (Relojoeiro)
Contemplemos o lirial estandarte
sob o qual deve deixar-se
todo o destinado ao triunfo.
Não o que oferece o mundo,
entendido como mundo o dos homens,
mas o que está além do nome
de toda vitória já vista.
Porque só é vitória a conquista
do que em nós não quer progredir.
Só o triunfo havido assim:
apontando a direção,
triunfo sob clarão,
é triunfo pra mim!
Olhos postos na Criação,
a negação do acidente.
Reconhecendo o diligente
artífice de tudo.
Nada há artificial
que o homem não fez.
O que foi só recolher
foi presente da natureza.
E a natureza não lhe parece
nada acidental
mas prova de destreza
(e de destreza parental!).
Porque é próprio dos pais prover
(Mãe Natureza, pai da beleza)
e prover é próprio do amor.
Então admita a dor por ensino,
como tantos têm admitido.
Como uma escada para os cimos
da melhor superação.
E não há causa sem efeito.
Não há encontro sem proveito.
Se todos veem o relógio,
presuma-se o relojoeiro.
sob o qual deve deixar-se
todo o destinado ao triunfo.
Não o que oferece o mundo,
entendido como mundo o dos homens,
mas o que está além do nome
de toda vitória já vista.
Porque só é vitória a conquista
do que em nós não quer progredir.
Só o triunfo havido assim:
apontando a direção,
triunfo sob clarão,
é triunfo pra mim!
Olhos postos na Criação,
a negação do acidente.
Reconhecendo o diligente
artífice de tudo.
Nada há artificial
que o homem não fez.
O que foi só recolher
foi presente da natureza.
E a natureza não lhe parece
nada acidental
mas prova de destreza
(e de destreza parental!).
Porque é próprio dos pais prover
(Mãe Natureza, pai da beleza)
e prover é próprio do amor.
Então admita a dor por ensino,
como tantos têm admitido.
Como uma escada para os cimos
da melhor superação.
E não há causa sem efeito.
Não há encontro sem proveito.
Se todos veem o relógio,
presuma-se o relojoeiro.
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