A noite cai,
o sol se levanta,
e eu rio!
Eu, rio,
corro para o mar!
O mar é quente.
O mar é qual gente:
tudo questão de saber entrar.
Que defendam que mar é tudo igual,
vai-lhes doer.
O certo é doar-se.
Nesta quarta-feira
o verde quer ser azul,
elevar-se!
O azul quer ser verde,
aprofundar-se,
eternizar-se em marulhos.
As nuvens envolvem o horizonte
de fora a fora,
tarde adentro.
São um convite para a maciez
sabidamente salgada da espuma.
É uma dica para quem a recolha:
os matizes são mais delicados
do que os veem os ditados.
Eu já disse:
E quem gosta de ditados?!
A tarde é toda uma liberdade
e, do meu jeito próprio mas já tão divulgado
amo João Pessoa!
E não nego nada,
ainda que à tarde e sem testemunhas.
João Pessoa só tem uma!,
até que eu lhe volte.
Anote:
Até que eu lhe volte!
João Pessoa, 24/5/2017
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