Já não quero o que me faltava.
Já não acho o que procurava.
O que procurava morri.
O que sobrevivo sorri.
Estou sequioso de poder.
Nada sobre os outros,
tudo poder!
À frente a imensidão!
Nenhuma âncora do que alcanço.
Apenas a necessária
a meu eventual descanso.
Tudo posso no que me fortalece!
Do que me enfraquece dou-me alforria.
Já cheguei ao futuro,
tudo claro, nada escuro.
Somente a sombra administrável.
Sou-lhe consciente mas amo sem travo,
sem travas.
(Uma redonda cara limpa
mesmo sob barba)
Escolho a direção,
e só elejo a que faz sentido.
A ninguém é dado fazer nada comigo!
Acompanham-me os que podem,
quando e se querem.
O amor só é se é nado,
não é nada por que se espere.
Impende viver o dia,
e o dia independe.
Se o dia foi tudo que pôde,
certeza que a noite é quente.
Ninguém fará inverno de mim,
ninguém me verá no inferno.
Frio só pra que me recolha.
Frio quando eu escolha.
Sei dos anjos que me acompanham,
que são de mim e serei eu.
Sei-os muito bonitos,
mesmo se o torto me esqueceu.
Hoje vejo que foi coisa boa,
não me predestinou a nada.
Sigo sendo a partir do mesmo,
no que já era minha estrada.
Minha estrada é esta.
A minha estrada foi feia!
Minha estrada foi refeita.
A minha estrada é bela!
Eu escolho!
Não, não franza o sobrolho!
Não é apóstrofe a Deus!
É dado melhorar-me,
de mais a mais filho Seu!
Agradeço a companhia de vocês,
enquanto estamos em sintonia.
Mas meu pai disse e "a vida chama",
então até qualquer dia!
E lhes direi antes do féretro:
não chamem nada de seu.
É tudo apenas empréstimo
que Ele lhes concedeu...a vida!
Divida!
https://soundcloud.com/user-580381287/escolho-e-colho
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