domingo, 30 de abril de 2017

D'ONTEM D'AMANHÃ

Ó distante delivramento,
traz-nos nosso rebento!
A vida pode ser dura,

mas menos se em contentamento.

Esse futuro tão claro
terá anos de dependência.
Mas nos vem do passado,
iluminado em sapiência.

Alguma coisa escondida
no mais recôndito de mim
diz-me que vem em concurso,
pra que então eu entenda meu fim.

"A que estou destinado?",
dedico-lhe meditação.
Mas talvez só o enviado
saiba ver-me o coração.

Descenderá de mim,
que sou seu descendente.
É uma espiral complicada
(verdadeiro novelo de gente!...)


"O menino é pai do homem",
disse um dia o Sabino.
Quis dar-lhe outras cores,
e dou-lhe o mistério do destino.

Então até ontem!,
vou aproveitar a manhã.
Dedicar parte do presente
a me lembrar do amanhã.

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