segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

D'OR-AVANTE

Eu sou o desacerto.
Nem eu mesmo me perdoo
os crimes que cometo.

Ou de que sou acometido.
Aquele que me mato
já não moro comigo.

A eternidade é certa!
Pouco importa o veneno,
pouco o tiro na testa.

Pouco o que me atropela,
pouco o de que me embaraço.
Só desacolho o tormento.

(Negando-lhe meu regaço...)


Venham as tropas,
o pelotão de fuzilamento!
O choro irrompe,
liberta a alma!

Eu me alojo no tempo!

Fui. Sou. Serei.
E amanhã já me esqueci
do de que agora me lembrei.

Mas eu já não descarrilo,
sigo o trilho de onde parei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário