"com" 1berto Gessinger
"Não interessa o que diz o ditado",
o que é ditado não me faz feliz.
Fico feliz se soletradas
as letras de a-p-r-e-n-d-i-z.
Não interessa o editado,
o editado não me condiz.
O editado é uma praça triste,
removidos os infantes e o chafariz.
Não interessa o precipitado,
embora acidentes os haja felizes.
Eu prefiro o meditado,
meu eu mais profundo é o que mais me diz.
Milongas, Boleros e Fados,
e meu eu mais feliz
é meu eu reencontrado.
Chevrolet Hall 30/5/15
domingo, 31 de maio de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
LUZ VERMELHA
De perto todos são.
Médicos também, um pouco.
Mas já que este sou outro,
não pretendo te curar.
Vá o tempo mesmo te curando,
te mudando,amarelando,
como se amarelam as fotos.
O importante é que, coloridas,
mantenham-se em foco.
O foco é muito importante,
importante a objetiva.
Importante valer-se da luz
para captar-se a vida.
Mas, captada,a revelar-se,
é preciso a gente lembrar-se
de também valer-se da sombra,
a sombra vermelha e pouca.
A sombra de que assomam bocas,
olhos, ouvidos.
O que se disse, o que se vive,
e ouvi, assomando os sorrisos.
Diminuir a intensidade do brilho
para se observar
o que se deu sob o sol.
Nada novo, como se diz,
do ponto de vista do mundo.
Mas pro que ando em círculos
pode ser algo profundo.
Privar-se do holofote,
pra privar um pouco consigo,
escanear-se, ampliar-se.
Conjugando o inspirares com os conflitos,
pode até iluminar-se!
Médicos também, um pouco.
Mas já que este sou outro,
não pretendo te curar.
Vá o tempo mesmo te curando,
te mudando,amarelando,
como se amarelam as fotos.
O importante é que, coloridas,
mantenham-se em foco.
O foco é muito importante,
importante a objetiva.
Importante valer-se da luz
para captar-se a vida.
Mas, captada,a revelar-se,
é preciso a gente lembrar-se
de também valer-se da sombra,
a sombra vermelha e pouca.
A sombra de que assomam bocas,
olhos, ouvidos.
O que se disse, o que se vive,
e ouvi, assomando os sorrisos.
Diminuir a intensidade do brilho
para se observar
o que se deu sob o sol.
Nada novo, como se diz,
do ponto de vista do mundo.
Mas pro que ando em círculos
pode ser algo profundo.
Privar-se do holofote,
pra privar um pouco consigo,
escanear-se, ampliar-se.
Conjugando o inspirares com os conflitos,
pode até iluminar-se!
sexta-feira, 29 de maio de 2015
ATRITO E PAZ
Eu sou Cristão?
Não sigo Cristo,
não sei onde Cristo está.
Mas o atribuído a Cristo,
eu quero experimentar.
Sigo-o ao ponto
de me baterem e eu não revidar.
Mas a face ofendida eu recolho,
e a outra não lhes vou dar.
Penso que chegar a tanto
só aproveita ao agressor.
Eles às vezes são tantos,
só com dez faces num projetor.
Às vezes me batem
e não vou à guerra.
Às vezes desejo que sumam da Terra.
Ou até que a Terra os coma,
embora disso me arrependa.
Minha energia é pro cântico,
não pra alimentar contendas.
Contenta-me evitar o atrito,
mesmo se para isso, repito,
há a covardia de fugir do conflito.
Alguém atrito é preciso,
já me dizia o Carlos Maltz,
ou fico sempre no mesmo ponto,
e só me delicio com o Mate.
(Mas não posso atritar tanto
ou um mais nervoso pode ser que me mate!)
Atrito o necessário
para o deslocamento.
Ou pergunto a Newton:
sem atrito não me desloco ou só fico lento?
É, não se evolui sem atrito,
aceito-o, mesmo combalido.
Começo a me perder nas rimas,
e só queria fomentar a paz.
Então gasto o meu fermento
em bolo branco, não lilás.
E não briguem por "dá cá essa palha",
quase sempre não é nada demais!"
Não sigo Cristo,
não sei onde Cristo está.
Mas o atribuído a Cristo,
eu quero experimentar.
Sigo-o ao ponto
de me baterem e eu não revidar.
Mas a face ofendida eu recolho,
e a outra não lhes vou dar.
Penso que chegar a tanto
só aproveita ao agressor.
Eles às vezes são tantos,
só com dez faces num projetor.
Às vezes me batem
e não vou à guerra.
Às vezes desejo que sumam da Terra.
Ou até que a Terra os coma,
embora disso me arrependa.
Minha energia é pro cântico,
não pra alimentar contendas.
Contenta-me evitar o atrito,
mesmo se para isso, repito,
há a covardia de fugir do conflito.
Alguém atrito é preciso,
já me dizia o Carlos Maltz,
ou fico sempre no mesmo ponto,
e só me delicio com o Mate.
(Mas não posso atritar tanto
ou um mais nervoso pode ser que me mate!)
Atrito o necessário
para o deslocamento.
Ou pergunto a Newton:
sem atrito não me desloco ou só fico lento?
É, não se evolui sem atrito,
aceito-o, mesmo combalido.
Começo a me perder nas rimas,
e só queria fomentar a paz.
Então gasto o meu fermento
em bolo branco, não lilás.
E não briguem por "dá cá essa palha",
quase sempre não é nada demais!"
quarta-feira, 27 de maio de 2015
NOSSO LÁ É AQUI
Não quero o Lá do telefone.
Não quero o Lá do pipoqueiro.
Quero um lá mais afinado,
com que afine por inteiro.
Fantasias de violeiro,
fantasias de poeta.
Veículos de luz intestina,
mas é lá fora a minha festa.
Diviso sem me dividir,
me inteiro da situação.
Sou inteiro se lá e aqui
estendo a mão a algum irmão.
Nosso Lá de Mi sem Dó.
Nosso Lá de Sol em Fá.
Faz mais belo e faz feliz
quem faz lar o lá e o aqui.
Nosso lar é mesmo assim!
Brasília, 25/5/15, 9:35h
Não quero o Lá do pipoqueiro.
Quero um lá mais afinado,
com que afine por inteiro.
Fantasias de violeiro,
fantasias de poeta.
Veículos de luz intestina,
mas é lá fora a minha festa.
Diviso sem me dividir,
me inteiro da situação.
Sou inteiro se lá e aqui
estendo a mão a algum irmão.
Nosso Lá de Mi sem Dó.
Nosso Lá de Sol em Fá.
Faz mais belo e faz feliz
quem faz lar o lá e o aqui.
Nosso lar é mesmo assim!
Brasília, 25/5/15, 9:35h
sábado, 23 de maio de 2015
INCONSTANTE
O tempo está inconstante
como coração de mulher:
chove e me abrigo no carro,
racha o sol e não posso ir a pé.
Nessas horas sofre o pagão,
mais vale a quem tem fé.
Minha fé não tem regras,
regras são coisa de mulher.
A mulher sangra, é certo,
exceto quando fora da idade.
Um dia foi muito cedo,
amanhã será muito tarde.
Então dê asas ao desejo,
enquanto ele ainda lhe arde.
Espraie-se até os herdeiros,
deixe heranças sem calcular-se.
O cálculo atrapalhe a vida,
que já mal se filtra,
se ele é renal.
Repito-me:
não fique mola encolhida,
só lhe pode fazer mal.
"Hoje eu sei:
Só a mudança é permanente",
não tem como pensar diferente!
E ponto final.
Sebef, 10/2/2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
FUGA SEM BACH
Leram-me na minha frente!
Leram-me apesar de mim!
Mim não sabe o que aconteceu,
quem quis expor-se fui eu!
Por que baús já não se usam?
Por que não cabem nos apartamentos?
Pois cabiam nos antigos quartos
de só cama sobre cimento.
Mas é tudo brincadeira,
não sei por quê corri!
Minha mesa me chamava,
estou de volta aqui.
Mas saibam-no príncipes,
saibam-no plebeus,
é preciso morrer-se
para ver-se Deus!
Salvo a epifania,
mas isso só em dia de reis.
Eu sou o que não mais se adia,
mas nobre... eu nunca serei!
SEBEF, 10/2/15
Leram-me apesar de mim!
Mim não sabe o que aconteceu,
quem quis expor-se fui eu!
Por que baús já não se usam?
Por que não cabem nos apartamentos?
Pois cabiam nos antigos quartos
de só cama sobre cimento.
Mas é tudo brincadeira,
não sei por quê corri!
Minha mesa me chamava,
estou de volta aqui.
Mas saibam-no príncipes,
saibam-no plebeus,
é preciso morrer-se
para ver-se Deus!
Salvo a epifania,
mas isso só em dia de reis.
Eu sou o que não mais se adia,
mas nobre... eu nunca serei!
SEBEF, 10/2/15
quinta-feira, 21 de maio de 2015
TELEFONE EX-MARTE II (Com que se documenta)
Já foi bom que fosse grande,
depois melhor que fosse pequeno.
De novo melhor se grande,
e a bobeira sempre crescendo.
Vou dizer-lhe num aparte
não é o tamanho de uma sua parte,
mas o tamanho da nova joia,
que não se vende em quilate.
(embora o orgulho se dilate!)
Não há tanta novidade!
Eu as vejo desde pequeno.
Eu, que não vou a "grande",
continuo a achar obsceno:
São tantos os tamanhos grandes
que o fazem tamanho pequeno!
São tantos os tamanhos grandes
que o fazem tamanho pequeno!
terça-feira, 19 de maio de 2015
8
Nem alegre, nem triste:
poeta.
Foi Cecília quem traçou a meta.
Eu, de minha parte,
paro antes.
Nem alegre, nem triste,
nem poeta:
pairante!
"Tudo está parado por aí
esperando uma palavra".
De POA, Brasília, Beagá,
ou do Havaí.
Hawaii, Highway,
ou mesmo outros infintos.
Nascido em 8 do 8,
nenhum deles me deixa aflito.
E o 79 que me quis encarnado,
tampouco o espanta esse fardo.
Vou cantar o belo e o infinito
com um 7 e um 9 a emoldurá-los.
As dores são conosco,
nunca é sempre são.
Mas alegrias, como biscoitos,
vai-se uma vêm dezoito.
Ou infinitas...
H.E.A.L. 4/5/15, 8:10h
domingo, 17 de maio de 2015
GABRIEL do 101 (15 minute Jesus)
Estou no cômodo 101,
bem mais cômodo do que o 705 fora,
mas jamais mais cômodo do que lá fora!
O que me trouxe me importa?
Importa-me o que me exporta,
chega de minha própria prisão!
Ela era muito verdadeira;
mais me vale a extroversão!
Quis despir-me de todo orgulho;
desapegar do que são só correntes,
arrastando só as de ar.
Nu estou mais contente!
Prefiro a vida sem vergonha,
a vida como se componha
com compostos naturais.
Podem ser olhos de salamandra,
pernas de saracura,
partes pudendas ou santas
da mais pura criatura!
Sou-o também,
e também sou criador,
à imagem pouco semelhante
Desse Alto que nos criou!
Minha loucura é o primeiro ato
do teatro a que Ele nos deu.
Paga ingresso mais barato
aquele que me absorveu!
Absorva-me o quanto possa,
que vou Dele imbuído.
Acordo cedo para escutá-lo;
Ele sussurra em meus ouvidos.
Não se preocupe, pai!
Não se preocupem, irmãos!
Mamãe já não se preocupa,
é contra-regra da cooperação.
Se vocês e outros se aliam,
alinhando-se comigo,
a conspiração está pronta
e o mundo volta a bom abrigo!
bem mais cômodo do que o 705 fora,
mas jamais mais cômodo do que lá fora!
O que me trouxe me importa?
Importa-me o que me exporta,
chega de minha própria prisão!
Ela era muito verdadeira;
mais me vale a extroversão!
Quis despir-me de todo orgulho;
desapegar do que são só correntes,
arrastando só as de ar.
Nu estou mais contente!
Prefiro a vida sem vergonha,
a vida como se componha
com compostos naturais.
Podem ser olhos de salamandra,
pernas de saracura,
partes pudendas ou santas
da mais pura criatura!
Sou-o também,
e também sou criador,
à imagem pouco semelhante
Desse Alto que nos criou!
Minha loucura é o primeiro ato
do teatro a que Ele nos deu.
Paga ingresso mais barato
aquele que me absorveu!
Absorva-me o quanto possa,
que vou Dele imbuído.
Acordo cedo para escutá-lo;
Ele sussurra em meus ouvidos.
Não se preocupe, pai!
Não se preocupem, irmãos!
Mamãe já não se preocupa,
é contra-regra da cooperação.
Se vocês e outros se aliam,
alinhando-se comigo,
a conspiração está pronta
e o mundo volta a bom abrigo!
sábado, 16 de maio de 2015
AQUILÁ
Deus é ubíquo,
está comigo neste cubículo.
Está contigo aí,
fora de mão.
Deus controla as minhas,
já que rege a inspiração.
E o que me sugere agora
é nos abraçarmos,
irmãos!
está comigo neste cubículo.
Está contigo aí,
fora de mão.
Deus controla as minhas,
já que rege a inspiração.
E o que me sugere agora
é nos abraçarmos,
irmãos!
sexta-feira, 15 de maio de 2015
quinta-feira, 14 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
MUJLIS
Estou numa cela.
Em quarto para 1/4 de mim.
Preferiria um cavalo selado,
mas no selo estampado em mim
não se lê "igual",
nem "equal", nem "égal".
É um selo de verde a vermelho,
que diz "fraternidade afinal!".
E sem que eu me descrevesse
"não disse nada do modelo do meu terno",
pois sabia que o mais importante
é mais simples e interno.
Em quarto para 1/4 de mim.
Preferiria um cavalo selado,
mas no selo estampado em mim
não se lê "igual",
nem "equal", nem "égal".
É um selo de verde a vermelho,
que diz "fraternidade afinal!".
E sem que eu me descrevesse
"não disse nada do modelo do meu terno",
pois sabia que o mais importante
é mais simples e interno.
terça-feira, 12 de maio de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
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