sábado, 11 de abril de 2015

PALAVRA! (São o que de são...)


Sou depositário da palavra,
e jamais serei julgado infiel.
Eu não irei a claustro
porque não as enclausuro.

(Uso-as em proveito difuso
e também me liberta a revelação...)


Mas não as devolvo àqueles
de quem eu as recolhi.
Não teria sentido isso!
(não saíram, de fato, dali...)

Robin Hood imune à censura,
porque se misturam as situações:
vai-se dos ricos aos sem condições,
o que é um fluxo lícito

e não di(lapida) os quinhões!(?)

Eu as colho e misturo,
colho-as no uso,
e as uso cantadas.

E se usá-las for de novo preciso
não há prejuízo:
é só decantá-las!

As palavras são softwares livres,
podem ser "hard to keep",
mas vale baixá-las.

Toda palavra é decisória,
mesmo as irrisórias,
ou de admoestação.

Palavras meritórias
e até palavras derrisórias:
todas são libertação!

As palavras são todas performativas,
que de palavras faz-se a vida.
Palavras são o que são!



Centralina, 2014.





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